Tudo errado. Tininho desagrada população.
Moradores de Marataízes, beneficiários do Vale Feira, estão indignados com a desorganização do programa.
Por Helio Barboza | ATUALIZADO – 17.07.2020
Na cidade, que é uma das campeãs em casos de contaminação pelo Covid-19, a falta do uso de máscaras foi flagrante entre produtores e beneficiários do programa Vale Feira
Desde que foi instituído, o programa Vale Feira, que distribui R$ 50 à cada família inscrita, era realizado às sextas-feiras, iniciando às 6 horas da manhã e terminando por volta das 9 horas.
Porém, sem muitas explicações, o dia foi alterado e a Feira do Produtor passa acontecer sempre às quinta-feira, a partir das 14 horas.
Nesta quinta-feira, 16, aconteceu a primeira já neste novo dia e horário, próximo ao Cras.
Os beneficiários reclamaram da troca do dia e do novo horário para realização da feira – “Muitas pessoas foram na sexta-feira da semana passada e viram que não havia a feira. Procuramos a prefeitura e lá fomos informados sobre a mudança do dia e horário, ou seja, deixamos de usar o benefício. Na prefeitura também nos informaram que a mudança do dia e horário foi comunicado pelas redes sociais, mas acontece que nem todos os beneficiários inscritos no programa possuem internet. É muita humilhação e falta de respeito”, disse revoltada S.S.M, uma senhora de 62 anos.
Uma outra beneficiária do Vale Feira, R.O.C, de 38, também reclamou do novo horário – “Mudar o dia, ainda dá para adaptar, mas mudar o horário é um absurdo. Muitos aqui trabalham ou tem seus afazeres. Quando era as 6 hs da manhã, todos davam seu jeito de vir, mas com a mudança para as 2 da tarde, muitos não terão condições de usarem o benefício”, disse indignada.
Há também denúncias de que muitos beneficiários ficaram dois meses sem receber o Vale Feira e que, ao perguntarem sobre estes vales, foram informados que a distribuição não foi feita em virtude da pandemia.
Segundo as denúncias que chegaram até nossa redação, a desorganização acabou gerando um grande tumulto, com filas e várias pessoas circulando pelo local sem máscaras de proteção facial e sem manter o distanciamento mínimo.